EPICONDILITE LATERAL

(cotovelo de tenista)

A epicondilite lateral, também conhecida como cotovelo de tenista, é uma doença que causa dor na face externa do cotovelo. Apesar de serem muito parecidas em seus sintomas, fatores associados e tratamentos, o cotovelo de tenista não deve ser confundido com cotovelo de golfista (epicondilite medial), que causa dor na face interna do cotovelo.

Não se pode dizer que há uma causa específica para o surgimento da epicondilite lateral, porém algumas atividades são relacionados como digitação (principalmente sem ergonomia), prática de esportes (em especial o tênis), profissões com movimentos manuais repetitivos, como eletricistas e carpinteiros, e atividades em academia.

Nem todas as pessoas que fazem essas atividades desenvolvem epicondilite, pois outros fatores parecem estar relacionadas ao surgimento dos sintomas da epicondilite lateral, como tabagismo, alterações crônicas de outros tendões e doenças metabólicas.

Além da dor, o paciente costuma descrever perda de força para agarrar objetos. Como o músculo responsável pela epicondilite lateral tem origem no cotovelo e vai até a mão, são os movimentos com a mão que mais trazem sintomas ao paciente, como apertar, torcer ou girar a mão e carregar objetos com o membro todo esticado (até mesmo o ato de arrastar uma cadeira pode levar o paciente com epicondilite a sentir dor).

Na epicondilite lateral, muitas vezes os laudos de ressonância magnética e ecografia costumam constar tendinopatia dos extensores no cotovelo (que significa desgaste do tendão, além de apresentar aspectos de um tendão doente), podendo ter até fissura ou lesões parciais. Edemas (sinais inflamatórios) também podem estar presentes.

Um exame complementar aparentemente normal não significa que o diagnóstico de epicondilite lateral será descartado, pois é muito comum o paciente apresentar ao médico um exame complementar com um laudo sem alterações.

Quanto ao tratamento, tem-se várias alternativas, pois é uma condição clínica que pode levar mais de um ano para o paciente melhorar dos sintomas. Inicialmente, recomenda-se o uso de medicações via oral como anti-inflamatórios, medicações injetáveis, gelo, tensores e fisioterapia, sendo medidas que trazem resultados positivos na maioria das vezes.

Caso não haja resposta satisfatória a essas primeiras terapias, outras alternativas podem ser indicadas:

Terapia por ondas de choque – ondas mecânicas geradas por um aparelho, com pequenas vibrações, diferente do usado na fisioterapia com corrente elétrica

Proloterapia – injeção de uma substância na área afetada com o objetivo de regeneração tecidual

Toxina botulínica (Botox®) – o mesmo que é usado na estética pode ser usado para paralisar a musculatura causadora dos sintomas

Infiltrações – injeção no local de substâncias principalmente com efeito anti-inflamatório

Quando o paciente não responder a esses tratamentos, a cirurgia poderá ser indicada. Pode ser por via aberta (com cortes), artroscópica ou combinada (aberta e artroscópica). Mas com a quantidade de alternativas de tratamentos não cirúrgicos, o procedimento cirúrgico NÃO tem sido considerado na fase inicial dos sintomas.

DR VAGNER MESSIAS

  • Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
  • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo
  • Membro da Sociedade Latinoamericana de Ombro e Cotovelo
  • Membro da Sociedade Médica Brasileira de Terapia por Ondas de Choque
  • Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual
  • Membro da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor

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